sábado, 2 de agosto de 2008

Da experiência estético-teleológica da natureza à consciência ecológica: uma leitura da Crítica do Juízo de Kant

Da experiência estético-teleológica da natureza à consciência ecológica: uma leitura da Crítica do Juízo de Kant

From aesthetic experience and teleological appreciation of nature to the ecological consciousness. Reading Kant's Critique of Judgment

Leonel Ribeiro dos Santos, docente da Universidade de Lisboa.
RESUMO
O objetivo deste ensaio é propor uma interpretação daquilo que para muitos intérpretes constitui o enigma e a dificuldade maior da terceira Crítica de Kant: o fato de o filósofo remeter para a mesma faculdade do espírito (a faculdade de julgar – Urteilskraft) e para o mesmo princípio transcendental de apreciação (a teleoformidade ou conformidade a fins – Zweckmässigkeit) o fenômeno da arte humana e os fenômenos da natureza organizada – a estética e a teleologia. Na leitura que propomos, tentamos perceber a fecundidade dessa estranha associação ("associação barroca", no dizer de Schopenhauer) precisamente para permitir pensar alguns dos problemas que coloca atualmente a racionalidade ecológica, não aquela que visa excluir o homem da natureza como seu inimigo, mas uma consciência ecológica que defenda uma natureza viva com homens sensíveis, com seres humanos tais que não pensam já a sua relação com a natureza como sendo uma relação de meros "senhores e possuidores" frente a um objeto inerte e destituído de valor e de significação por si mesmo, mas que são capazes de contemplar e apreciar a natureza como valiosa por si mesma, de reconhecê-la como um sistema de sistemas finalizados e de colaborar na sua preservação, que têm até perante ela genuínos sentimentos de admiração pela sua beleza, de respeito pela sua sublimidade e de gratidão pela sua exuberância e favores. Em suma, propomo-nos mostrar a nova atitude perante a natureza que se deixa pensar a partir da Crítica do Juízo, considerada esta obra na sua complexidade sistemática.
Palavras-chave: Kant; Crítica do Juízo; teleologia; filosofia e ecologia
Artigo completo disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31732006000100001&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt>. Revista: Trans/Form/Ação. v. 29 n.1 Marília 2006. ISSN 0101-3173 doi: 10.1590/S0101-31732006000100001 ARTIGOS ORIGINAIS.

Crescimento sustentável? Não, obrigado*

Ambiente & sociedade
ISSN 1414-753X versão impressa
Ambient. soc. v.7 n.2 Campinas jul./dez. 2004
doi: 10.1590/S1414-753X2004000200012
PONTO DE VISTA

Crescimento sustentável? Não, obrigado*
Herman E. Daly**

PROPOSIÇÕES IMPOSSÍVEIS são a própria base da ciência. Na ciência, muitas coisas são impossíveis: viajar mais rápido do que a velocidade da luz; criar ou destruir matéria-energia; construir uma máquina de movimento perpétuo, e assim por diante. Respeitando o teorema da impossibilidade,1 nós evitamos gastar recursos em projetos que estão sujeitos a falhar. Economistas deveriam, por conseguinte, estar muito interessados no teorema da impossibilidade, especialmente aquele que eu demonstro neste capítulo: isto é, que é impossível sair da pobreza e da degradação ambiental através do crescimento econômico mundial. Em outras palavras, crescimento sustentável é impossível.Em suas dimensões físicas, a economia é um subsistema aberto do ecossistema terrestre, o qual é finito, não-crescente e materialmente fechado. À medida que o subsistema econômico cresce, ele incorpora uma proporção cada vez maior do ecossistema total e deve alcançar um limite a 100%, se não antes. Por isso, seu crescimento não é sustentável. O termo crescimento sustentável quando aplicado à economia é um mau oxímoro – contraditório como prosa e não evocativo como poesia.Economistas irão protestar de que o crescimento no PIB (Produto Interno Bruto) é uma mistura de aumento quantitativo e qualitativo e, portanto, não estritamente sujeitos às leis físicas. Eles têm razão. Mudanças quantitativas e qualitativas são muito diferentes e, por isso, é melhor mantê-las separadas e chamá-las por nomes diferentes já fornecidos no dicionário. Crescer significa "aumentar naturalmente em tamanho pela adição de material através de assimilação ou acréscimo". Desenvolver-se significa " expandir ou realizar os potenciais de; trazer gradualmente a um estado mais completo, maior ou melhor". Quando algo cresce fica maior. Quando algo se desenvolve torna-se diferente. O ecossistema terrestre desenvolve-se (evolui) mas não cresce. Seu subsistema, a economia, deve finalmente parar de crescer mas pode continuar a se desenvolver.O termo desenvolvimento sustentável, portanto, faz sentido para a economia mas apenas se entendido como desenvolvimento sem crescimento – a melhoria qualitativa de uma base econômica física que é mantida num estado estacionário3 pelo transumo de matéria-energia que está dentro das capacidades regenerativas e assimilativas do ecossistema. Atualmente, o termo desenvolvimento sustentável é usado como um sinônimo para o oxímoro crescimento sustentável. Ele precisa ser salvo dessa perdição.Politicamente, é muito difícil admitir que o crescimento, com suas conotações quase religiosas de fim último, deva ser limitado. Mas é exatamente a insustentabilidade do crescimento que dá urgência ao conceito do desenvolvimento sustentável. A terra não irá tolerar nem mesmo a duplicação de um grão de trigo 64 vezes, ainda que nos últimos dois séculos nós tenhamos desenvolvido uma cultura dependente do crescimento exponencial para sua estabilidade econômica. Desenvolvimento sustentável é uma adaptação cultural feita pela sociedade quando ela se torna consciente da necessidade emergente do crescimento nulo. Até mesmo "crescimento verde" não é sustentável. Há um limite para a população de árvores que a terra pode suportar, assim como há um limite para as populações humanas e de automóveis. Ao nos iludir na crença de que o crescimento é ainda possível e desejável se apenas o rotularmos "sustentável" ou o colorirmos de "verde" apenas retardaremos a transição inevitável e a tornaremos mais dolorosa.Se a economia não pode crescer para sempre, então quanto ela pode crescer? Ela pode crescer o suficiente para dar a todos um padrão de uso dos recursos per capita igual ao da média americana? Isso seria um fator de sete, um número que é caprichosamente colocado entre parênteses pela Comissão Brundtland (a Comissão das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento [CNUMAD], chefiada pela senhora Gro Brundtland) em seu apelo para a expansão da economia mundial por um fator de 5 a 10. O problema é que mesmo uma expansão de um fator de 4 é impossível se Vitousek e outros (1986) estiverem corretos em seus cálculos de que a economia humana atualmente obtém ¼ do produto primário líquido global da fotossíntese. Nós não podemos ir além de 100%, e é improvável que aumentemos o produto primário líquido, uma vez que a tendência histórica até agora é de o crescimento econômico reduzir a fotossíntese global. Uma vez que os ecossistemas terrestres são os mais relevantes, e nós antecipamos 40% do produto primário líquido terrestre, até mesmo um fator de 4 é uma superestimativa.Além do mais, atingir 100% é irrealista, já que nós somos incapazes de trazer sob a administração humana direta todas as espécies que compõem os ecossistemas sobre o qual dependemos. Além disso, é ridículo encorajar a preservação da biodiversidade sem estar disposto a deter o crescimento econômico que exige o controle humano de todos os lugares agora ocupados por outras espécies.Se o crescimento até o fator de 5 a 10 recomendado pela Comissão Brundtland é impossível, então que tal apenas manter a escala atual – isto é, que tal crescimento líquido zero? Todos os dias lemos a respeito das reações de tensões provocadas aos ecossistemas pela economia, tais como a intensificação do efeito estufa, a erosão da camada de ozônio, a chuva ácida, e assim por diante, os quais constituem prova de que até mesmo a escala atual é insustentável.Como então as pessoas podem continuar falando a respeito de "crescimento sustentável" quando (1) a escala atual da economia mostra sinais claros de insustentabilidade, (2) multiplicando aquela escala por um fator de 5 a 10, como recomendado pela Comissão Brundtland, passaríamos da insustentabilidade ao colapso iminente, e (3) o conceito em si mesmo é logicamente contraditório, num ecossistema finito, não-crescente? Ainda assim, crescimento sustentável é o modismo de nossos tempos. Ocasionalmente torna-se verdadeiramente ridículo, como quando escritores falam seriamente de "crescimento sustentável na taxa de aumento da atividade econômica". Não apenas devemos crescer para sempre, devemos acelerar para sempre! Isto é verbosidade política vazia, totalmente desvinculada da realidade.A questão importante é aquela que a Comissão Brundtland encabeça mas não enfrenta: em que medida nós podemos aliviar a pobreza através do desenvolvimento sem crescimento? Eu suspeito que a resposta será uma quantidade significativa, mas menos do que a metade recomendada. Se a expansão de 5 a 10 vezes for realmente em consideração aos pobres, então terá que consistir de coisas que lhes são necessárias – alimento, vestuário, habitação – não serviços de informação. Bens básicos tem uma dimensão física irredutível, e sua expansão exigiria crescimento ao invés de desenvolvimento, embora desenvolvimento via aumento da eficiência ajudaria. Em outras palavras, a redução no volume de recursos por dólar de PIB observada em algumas nações ricas nos últimos anos não pode ser proclamada como rompendo o vínculo entre expansão econômica e o meio ambiente, como alguns reivindicaram. Desenvolvimento sustentável deve ser desenvolvimento sem crescimento – mas com o controle da população e a redistribuição da riqueza – se é para ser um ataque sério à pobreza.Na opinião de muitas pessoas, crescimento tornou-se sinônimo de aumento da riqueza. Dizem que precisamos ter crescimento para sermos ricos o bastante para arcar com o custo de limpar e aliviar a pobreza. Que todos os problemas são mais fáceis de ser resolvidos se formos mais ricos não está em discussão. O que está em questão é se o crescimento da margem atual realmente nos torna mais ricos. Há evidência de que nos Estados Unidos o crescimento atualmente nos torna mais pobres aumentando os custos mais rapidamente do que aumenta os benefícios. Em outras palavras, parece termos crescido além da escala ótima.O conceito de uma escala ótima da economia agregada relativa ao ecossistema está totalmente ausente da teoria macroeconômica corrente. Assume-se que a economia agregada crescerá para sempre. A microeconomia, a qual é quase inteiramente devotada em estabelecer a escala ótima de cada atividade de nível micro, igualando custos e benefícios pela margem, não tratou de informar-se se não há também uma escala ótima para o conjunto de todas as microatividades. Em uma dada escala (o produto da população vezes o uso de recursos per capita) constitui uma dada carga sobre o meio ambiente e pode consistir de muitas pessoas, cada uma consumindo pouco, ou poucas pessoas, cada uma consumindo correspondentemente mais.Uma economia em desenvolvimento sustentável adapta-se e aperfeiçoa-se em conhecimento, organização, eficiência técnica, e sabedoria; ela faz isso sem assimilar ou acrescentar uma percentagem cada vez maior de matéria-energia do ecossistema para si, mas, antes, pára a uma escala na qual o ecossistema remanescente pode continuar a funcionar e renovar-se ano após ano. A economia de crescimento nulo não é estática – ela está sendo continuamente mantida e renovada como um subsistema de estado estacionário do meio ambiente.Quais são as políticas necessárias para alcançar o objetivo do desenvolvimento sustentável como aqui definido? Tanto otimistas como pessimistas devem concordar com as seguintes políticas: empenhar-se para deter o transumo nos níveis atuais (ou reduzi-lo a níveis verdadeiramente sustentáveis) taxando severamente a extração de recursos, especialmente energia. Buscar elevar a maior parte do rendimento público de tais taxas de ruptura de recursos e compensar (atingir a neutralidade de rendimento) isso com a redução do imposto sobre a renda, especialmente na extremidade mais baixa da distribuição de renda, talvez até mesmo financiando uma taxa de rendimento negativa em seu limite mais inferior.Há algumas diretrizes adicionais de políticas para o desenvolvimento sustentável: Recursos renováveis devem ser explorados de maneira tal que: (1) as taxas de colheita não excedam as taxas de regeneração e (2) as emissões de resíduos não excedam a capacidade assimilativa renovável do meio ambiente local. Os recursos não-renováveis deveriam ser esgotados a uma taxa igual à taxa de criação de substitutos renováveis. Os projetos baseados na exploração de recursos não-renováveis devem ser casados com projetos que desenvolvam substitutos renováveis. As rendas líquidas da extração dos recursos não-renováveis devem ser separadas num componente de renda e num componente de liquidação de capital. O componente de capital seria investido a cada ano no desenvolvimento de um substituto renovável. A separação é realizada de tal maneira que, quando o recurso não-renovável for exaurido, o recurso renovável substituto terá sido desenvolvido pelo investimento e crescimento natural ao ponto onde sua produção sustentável é igual ao componente de renda. O componente de renda terá assim se tornado perpétuo justificando, portanto, o nome rendimento, o qual é por definição o máximo disponível para o consumo ao mesmo tempo que o capital se mantém intacto.No entanto, antes que estes passos operacionais em direção ao desenvolvimento sustentável possam ter uma oportunidade justa de serem ouvidos nós precisamos primeiramente tomar as medidas conceituais e políticas no sentido de abandonar o slogan vazio4 do crescimento sustentável. BIBLIOGRAFIADALY, Herman E. Economía, ecología e ética: Ensayos hacia una economía en estado estacionario. México: Fondo de cultura económica, 1989. NOTAS1. No original "throughput"; de acordo com Daly, transumo ou processamento "é o fluxo físico entrópico de matéria e energia proveniente de fontes naturais que passa pela economia humana e regressa aos sumidouros da natureza (...)". ver Herman E. DALY, La economía en estado estacionario: hacia una economia política del equilibrio biofísico y el crecimiento moral, p. 335. 2. Para o autor "crescimento sustentável" (sustainable growth) é um "thought-stopping slogan", isto é, é um slogan vazio, que não suscita a reflexão, que não leva a lugar nenhum. 3. Este teorema sustenta que a manutenção dos padrões atuais de consumo de recursos naturais é inviável num planeta superpovoado. Em outras palavras, o crescimento do consumo per capita é incompatível com o crescimento da população. Isso levaria, inevitavelmente, a uma grave crise ambiental. Ver DALY, H. Epílogo: Algunos malentendidos comunes y otros problemas relacionados con una economía en estado estacionario, p. 371-72. 4. DALY utiliza o termo estado estacionário da mesma forma empregada pelos economistas clássicos (como , por exemplo, o fez John Stuart Mill), referindo-se a uma economia onde permanecem constantes tanto os estoques de riquezas físicas (capital) quanto o de pessoas (população). Ver DALY, H. Introducción a la economía en estado estacionario, p. 26 e seg. Tradução: Vicente Rosa Alves Revisão: gostaria de agradecer a Júlia Spatuzzi Felmanas, Maria das Graças Luiz Brightwell, Phillip Wigan e Timothy Andrew Brightwell por terem realizado a revisão desta tradução, cujos comentários e sugestões contribuíram em muito para aperfeiçoá-la. Também quero agradecer ao professor Herman Daly por ter, gentilmente, me autorizado a publicar a tradução de seu artigo nessa revista. Antes de ser publicada, esta tradução ainda contou com a revisão do próprio autor. * Este artigo foi originalmente publicado em MANDER, Jerry & GOLDSMITH, Edward (eds.). The case against the global economy (and for a turn toward the local). San Francisco: Sierra Club Books, 1996, p. 192-96, sob o título "Sustainable growth? No thank you". ** Americano, economista, professor da Universidade de Maryland, EUA (School of Public Affairs). Nos últimos 25 anos, Herman E. Daly tem sido um dos críticos pioneiros no questionamento da validade da economia convencional. Ainda mais notável, ele fez muitas de suas mais importantes críticas enquanto mantinha sua posição como economista sênior do Departamento Ambiental do Banco Mundial, o qual deixou em 1994. Dr. Daly foi professor de economia na Universidade Estadual de Louisiana e atualmente é professor de economia ecológica na Universidade de Maryland. Ele é co-autor, com o filósofo e teólogo John B. Cobb Jr., do livro que é indiscutivelmente a crítica seminal da economia moderna, For The Common Good. Neste capítulo, Daly confirma que o crescimento econômico sustentável simplesmente não é mais uma opção séria. Nem o é o desenvolvimento, como o termo é normalmente usado (implicando um aumento no transumo2 de recursos). O que Daly acredita ser possível e desejável é puramente "desenvolvimento" qualitativo, que melhora a vida das pessoas sem um aumento no transumo e, portanto, sem aumentar o impacto sobre o ambiente natural.
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Seleção de artigos científicos sugeridos, publicados na Revista Ambiente & sociedade

Seleção de artigos científicos sugeridos, publicados na Revista Ambiente & sociedade
ISSN 1414-753X.

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Resumo

AGUIAR, Teresinha de Jesus Alves de e MONTEIRO, Maria do Socorro Lira. Modelo agrícola e desenvolvimento sustentável: a ocupação do cerrado piauiense. Ambient. soc., jul./dez. 2005, vol.8, no.2, p.161-178. ISSN 1414-753X. Analisou-se a forma como a soja, implantada no cerrado piauiense, influencia os eixos ambiental e socioeconômico.O baixo valor da terra, a proximidade do mercado externo, solos mecanizáveis, os recursos governamentais facilitados na forma de incentivos fiscais e financeiros são fatores que justificam a exploração dessa região.Conclui-se que o uso e ocupação agrícola dessa região seguem o mesmo receituário desenvolvimentista ocorrido no Cerrado do Brasil. Palavras-chave : Cerrados; Desenvolvimento Sustentável; Soja; Piauí. · resumo em inglês · texto em português · pdf em português

Ambiente & sociedade ISSN 1414-753X versão impressa
Resumo GERHARDT, Cleyton Henrique e ALMEIDA, Jalcione. A dialética dos campos sociais na interpretação da problemática ambiental: uma análise crítica a partir de diferentes leituras sobre os problemas ambientais. Ambient. soc., jul./dez. 2005, vol.8, no.2, p.53-84. ISSN 1414-753X. A problemática ambiental constitui, atualmente, um importante espaço catalisador e produtor de valores regulatórios da vida humana e não-humana na biosfera terrestre. Porém, o que faz com que esta temática adquira tamanha envergadura em relação à sua identificação como problema social importante? A hipótese lançada aqui é a de que por trás desta difusa sensibilidade ambiental encontra-se em processo a configuração de um campo ambiental relativamente estruturado, no qual se busca, cada vez mais, a legitimidade para tratar das discussões sobre tudo aquilo que diz respeito ao meio ambiente. Neste sentido, tal espaço de lutas simbólicas tende a concentrar confrontos em torno do reconhecimento de certas ações e modos de pensamento, sendo que o que está colocado em jogo, neste caso, são as próprias percepções acerca do que seja o meio ambiente e, em contrapartida, as relações ontológicas construídas entre seres humanos e natureza. Com isto, a paulatina estruturação de um campo ambiental - este último funcionando como um amplo, dinâmico, instável e heterogêneo espaço de debate e de ação - tende a fazer com que determinados conceitos e práticas possam naturalizar-se e, concomitantemente, serem reconhecidas como "ambientalmente corretas". Em suma, a constituição deste domínio prático/discursivo irá concentrar os agentes e suas disputas sobre que saberes, comportamentos e procedimentos deveriam ser instituídos como sendo os mais "adequados" do ponto de vista ambiental. Entretanto, nesta perspectiva, o que seria visto (e adotado) como ambientalmente "correto" ou "adequado" está, desde já, em disputa. Palavras-chave : problemática ambiental; campo ambiental; sociologia ambiental. · resumo em inglês · texto em português · pdf em português

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Resumo BRUSEKE, Franz Josef. Ética e técnica? Dialogando com Marx, Spengler, Jünger, Heidegger e Jonas. Ambient. soc., jul./dez. 2005, vol.8, no.2, p.37-52. ISSN 1414-753X. O século XIX entendeu a técnica como um elemento central do progresso histórico, mudando nas primeiras décadas do século XX essa perspectiva. mas a crítica à técnica formulada entre as duas guerras mundiais nos vieses da crítica à cultura e, de forma emblemática, presente na obra de Oswald Spengler, ainda não coloca a técnica em relação à ética. Neste tempo do interludium bellicum (1918-1939),articula-se uma compreensão da técnica emancipada de qualquer dimensão metafísica e artística, por um lado e, por outro lado, vê-se um recarregamento da técnica com uma promessa salvacionista, utópica ou heróica, não obstante, totalmente absorvida por uma concepção materialista do mundo, concebido enquanto campo de batalha (Ernst Jünger). Martin Heidegger elaborou, no final dos anos trinta e em meados dos anos quarenta, em um movimento de distanciamento intelectual da sua época, as bases de uma filosofia da técnica com grandes repercussões. Um dos seus alunos, Hans Jonas, tenta de forma original, mas não livre de equívocos, apresentar uma ética válida para a civilização tecnológica. Segundo Jonas, a situação do homem e o contexto de qualquer propósito ético estariam hoje fundamentalmente mudados; uma ética tradicional não estaria mais à sua altura. A técnica moderna introduziu novos objetos e processos, com conseqüências até então desconhecidas, na sociedade humana, de uma maneira que exigiria uma adaptação da ética (e conseqüentemente da ação humana) aos desafios tecnológicos. A "ética do próximo" teria validez, ainda, nas "proximidades"; o futuro da humanidade no seu habitat planetário exigiria, todavia, uma "ética da responsabilidade". Palavras-chave : Técnica; Tecnologia; Ética. · resumo em inglês · texto em português · pdf em português

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Resumo ESTER, Peter, SIMOES, Solange e VINKEN, Henk. Mudança cultural e ambientalismo: uma abordagem transnacional sobre opinião pública e agentes decisórios. Ambient. soc., jul./dez. 2004, vol.7, no.2, p.45-66. ISSN 1414-753X. O foco principal deste estudo - o Global Environsmental Survey (GOES) - é o impacto das influências culturais sobre as atitudes ambientais. O GOES examina os impactos culturais a partir de uma perspectiva comparativa internacional, investigando as implicações da mudança cultural e de valores sobre a percepção, atitudes e comportamentos ambientais em sociedades ocidentais e não-ocidentais. Este estudo lança luzes no entendimento de como as populações e os "decision makers", tanto em sociedades desenvolvidas quanto em desenvolvimento, concebem os problemas ambientais e suas possíveis soluções. Adicionalmente, o estudo mostra como os "decision makers" ambientais e formadores de opinião avaliam as atitudes e comportamentos ambientais da população em geral. Aparentemente, as pessoas ainda não estão prontas para traduzir suas preocupações com o meio ambiente em apoio a políticas ambientais de maior alcance. Tanto em países desenvolvidos quanto naqueles em desenvolvimento, os cidadão parecem preferir mudanças voluntárias em seus modos de vida. Indo além da preocupação com o meio ambiente via apoio a políticas públicas para a adoção de comportamentos ambientais, nós podemos concluir que um comportamento pró-ambiental consistente não descreve o envolvimento e compromissos ambientais das pessoas. Nossos dados indicam que comportamentos ambientalmente relevantes (por exemplo: transporte, uso de energia, reciclagem, consumo doméstico, ativismo politico) não formam um padrão consistente e coerente. A prática de um tipo de comportamento ecologicamente consciente não prediz o engajamento em outro. O mapeamento mental dos indivíduos consiste de uma heurística de decisão multifacetada, incluindo conforto, saúde, segurança, preço, eficiência, eficiência, e responsibilidaded social, que provavelmente estão hierarquicamente ordenados e em competição com a heurística ambiental. O foco em comportamentos específicos, no entanto, revela que os cidadãos podem estar ativamente envolvidos com o "comportamento verde". Isto está relacionado em parte com diferenças em estruturas de oportunidades, situação social, e, possívelmente, a diferenças culturais quanto à exposição às "idéias verdes". A implicação disto para a formulação de políticas ambientais é que não deveríamos promover o consumo pro-ambiental de uma maneira "geral", mas promover ações específicas que tenham impactos positivos e, certamente, criar estruturas de oportunidades. Em adição aos surveys com amostras das populações nacionais, um modulo suplementar com "decision makers" levantou as seguintes questões, entre outras: Existe uma distorção sistemática nas estimativas que os "decision makers" fazem das attitudes ambientais e preferências de políticas públicas entre o público em geral? Como os "decision makers" avaliam medidas de implementação de tratados ambientais internacionais, e como êles avaliam seus respectivos governos nacionais em relação à esta questão? O novo módulo nos permitiu estudar as diferenças entre os "decision makers" ambientais e a população em relação às suas attitudes e preferências políticas e nós de fato encontramos distorções marcantes e sistemáticas na competência dos "decision makers" em estimar as crenças ambientais e o apoio a políticas públicas entre o público em geral. Estas distorções, curiosamente, estão relacionadas a questões centrais ao debate sobre sustentabilidade. Palavras-chave : atitudes e comportamento ambiental; valores; cultura. · resumo em inglês · texto em inglês · pdf em inglês

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Resumo VAN BELLEN, Hans Michael. Desenvolvimento sustentável: uma descrição das principais ferramentas de avaliação. Ambient. soc., jan./jun. 2004, vol.7, no.1, p.67-87. ISSN 1414-753X. Desenvolvimento Sustentável: Uma Descrição das Principais Ferramentas de Avaliação Neste artigo são apresentadas as principais características de três métodos que se propõem a mensurar o grau de sustentabilidade do desenvolvimento. Este métodos foram selecionados por especialistas que atuam em diferentes esferas da sociedade e que lidam com o conceito de desenvolvimento sustentável. Os métodos descritos e analisados são o Ecological Footprint Method, o Dashboard of Sustainability e o Barometer of Sustainability. Palavras-chave : indicadores de sustentabilidade; desenvolvimento; ambiente. · resumo em inglês · texto em português · pdf em português

Ambiente & sociedade ISSN 1414-753X versão impressa
Resumo ANDRADE, Thales de. Inovação tecnológica e meio ambiente: a construção de novos enfoques. Ambient. soc., jan./jun. 2004, vol.7, no.1, p.89-105. ISSN 1414-753X. Desde os anos 70, o movimento ambientalista vem discutindo as implicações do avanço tecnológico sobre o ecossistema planetário. Através da noção de impactos e riscos ambientais, a Sociologia Ambiental tem apontado os diversos efeitos das modernas tecnologias sobre o meio ambiente, muitas vezes em uma perspectiva tecnofóbica e defensiva. Com a perspectiva da inovação, o presente trabalho quer explorar novas questões acerca da problemática tecnológica. Ao invés de enfocar tecnologias específicas e seus efeitos imediatos, o tema da inovação lança um olhar abrangente e sistêmico sobre o fenômeno tecnológico. A constituição de redes sociotécnicas descentralizadas e democráticas e ambientes de inovação plurais e eficientes representam atualmente questões fundamentais para o ambientalismo. Palavras-chave : inovação; ambiente; tecnologia; ambientes de inovação. · resumo em inglês · texto em português · pdf em português

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Resumo PIGNATTI, Marta G. Saúde e ambiente: as doenças emergentes no Brasil. Ambient. soc., jan./jun. 2004, vol.7, no.1, p.133-147. ISSN 1414-753X. Este artigo faz uma revisão das principais abordagens teóricas da área da Saúde em relação ao estudo das doenças resultantes das mudanças ambientais e a ocorrência de doenças emergentes no Brasil. Apresenta, de forma geral, a dinâmica de transmissão de doenças como a dengue, as leishmanioses, a febre maculosa, a cólera, a malária. Aponta para a necessidade de estudos interdisciplinares e estratégias políticas integradas. Palavras-chave : Ambiente; doenças infecciosas no Brasil; políticas integradas. · resumo em inglês · texto em português · pdf em português
Ambiente & sociedade ISSN 1414-753X versão impressa Resumo CAVALCANTI, Clóvis. Uma tentativa de caracterização da economia ecológica. Ambient. soc., jan./jun. 2004, vol.7, no.1, p.149-156. ISSN 1414-753X. Partindo do reconhecimento de que toda atividade humana incide no ecossistema quer pelo lado da extração de recursos, quer pelo do lançamento de dejetos sob a forma de matéria ou energia degradada, o processo econômico - que opera dentro de um subsistema aberto envolvido pelo ecossistema global - tem que respeitar limites. Daí, a noção de desenvolvimento sustentável. Na perspectiva da sustentabilidade, o tipo de processo econômico que importa é aquele que produz bens e serviços considerando simultaneamente todos os custos (ou males) que lhes são inevitavelmente associados. Esta é a tarefa para um modelo de desenvolvimento novo, e também para uma ciência da economia de fundamentos ecológicos. É aqui que se insere a economia ecológica, com a qual se introduz uma mudança fundamental na percepção dos problemas de alocação de recursos e de como eles devem ser tratados, do mesmo modo que uma revisão da dinâmica do crescimento econômico. Visa-se com o empreendimento obter a unificação sobre bases biofísicas dos sistemas ecológicos e econômicos como categorias interdependentes e coevolutivas. Não se trata de propor uma nova ciência, e sim uma empreitada (ou cometimento) entre cientistas naturais e sociais, junto com os atores envolvidos em ações concretas de promoção do desenvolvimento, para chegar-se a novo entendimento da realidade humana, tirando dele lições para fins de análise e política. Chega-se assim a uma verdadeira economia política da ecologia. Palavras-chave : sustentabilidade; economia; economia ecológica. · resumo em inglês · texto em português · pdf em português

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Resumo
LIMA, Gustavo da Costa. O discurso da sustentabilidade e suas implicações para a educação. Ambient. soc., jul./dez. 2003, vol.6, no.2, p.99-119. ISSN 1414-753X. O artigo discute a posição dominante do discurso da sustentabilidade no debate ambiental e suas implicações sobre o campo educacional. Compreende que o atual debate sobre a sustentabilidade tem sido, prioritariamente, orientado por propostas econômicas e tecnológicas que obedecem aos imperativos do mercado. O autor, entretanto, argumenta que essa sustentabilidade hegemonizada pelo mercado não é capaz de responder aos desafios colocados pela crise multidimensional que vivenciamos contemporaneamente. Também considera que a educação tem uma contribuição relevante a cumprir nessa busca de sustentabilidade social desde que consiga superar as concepções reprodutivistas que tendem a reduzi-la às necessidades da economia. Palavras-chave : discurso da sustentabilidade; educação; ambiente. · resumo em inglês · texto em português · pdf em português

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Resumo ROCHA, Paulo Ernesto Diaz. Trajetórias e perspectivas da interdisciplinaridade ambiental na pós-graduação brasileira. Ambient. soc., jul./dez. 2003, vol.6, no.2, p.155-182. ISSN 1414-753X. O texto resume as principais questões e conclusões alcançadas na minha tese de doutoramento junto ao Curso de Pós-Graduação em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade - CPDA da UFRRJ. A discussão em torno da interdisciplinaridade ambiental vem crescendo nos últimos anos, tendo sido os anos 1970 e 1980 férteis o suficiente para possibilitar, nos 1990, a construção de uma Educação Ambiental ao nível da especialização profissional. A inserção da temática ambiental no meio acadêmico se fez gradativamente e, embora com muitos obstáculos, tem demonstrado um viés inovador e desafiante de administradores, docentes e discentes tendo em vista a estrutura fragmentada das universidades tradicionais. O exame do estado da arte das Ciências Ambientais possibilitou discernir, para além da compartimentalização e da departamentalização, as principais queixas, dúvidas, caminhos, soluções e espaços que conduziram à elaboração de um campo integrador do fazer científico, reunindo ensino, pesquisa e extensão. O processo de institucionalização exemplificado nos quatro programas brasileiros de pós-graduação estudados permite revelar o quanto se tem progredido no diálogo entre autores/atores das mais diversas origens acadêmicas, promovendo uma interfecundação de grande interesse profissional para os participantes e para o desenvolvimento de uma sociedade sustentável, confirmando até certo ponto a construção de um paradigma para além do reducionismo epistemológico. Palavras-chave : Interdisciplinaridade; Ciências Ambientais; Universidade; Pós-graduação; Brasil. · resumo em inglês · texto em português · pdf em português

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Resumo CAVALCANTI, Clóvis. Meio ambiente, Celso Furtado e o desenvolvimento como falácia. Ambient. soc., 2003, vol.6, no.1, p.73-84. ISSN 1414-753X. O trabalho de Celso Furtado como pensador social é conhecido por suas enormes contribuições ao entendimento dos problemas do desenvolvimento no contexto dos países subdesenvolvidos. Sua teoria do subdesenvolvimentom, elaborada há quatro décadas, persiste como uma visão atual da realidade. Furtado repassa constantemente conceitos como o de dependência, concentração de renda, mimetismo cultural, relações assimétrias centro-periferia, mercado interno e muitos outros, além de trabalhar uma visão estruturalista do subdesenvolvimento, do desenvolvimento e de fenômenos correlatos. No livro O Mito do Desenvolvimento ele levanta duas questões não comuns ao restante da sua obra. A primeira delas diz respeito aos impactos do processo econômico no meio físico, na natureza _ um tema completamente alheio ao núcleo do pensamento tradicional da ciência da economia . A segunda se refere à constatação do caráter de mito moderno do desenvolvimento econômico. Que Furtado tenha feito isso em 1974, época do Milagre, demonstra o vigor de seu pensamento visionário. Vale a pena voltar ao assunto. É o que se faz no artigo. Palavras-chave : desenvolvimento econômico; mito; limites ao desenvolvimento; padrões de consumo; custos ecológicos. · resumo em inglês · texto em português

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Resumo RODRIGUES, Aníbal, TOMMASINO, Humberto, FOLADORI, Guillermo et al. É correto pensar a sustentabilidade em níval local? Uma análise metodológica de um estudo de caso em uma Área de Proteção Ambiental no litoral sul do Brasil. Ambient. soc., 2003, vol.6, no.1, p.109-127. ISSN 1414-753X. O artigo aqui apresentado discute a relação entre a sustentabilidade ecológica e a sustentabilidade social. Um extenso trabalho de campo na Área de Proteção Ambiental (APA), no município de Guaraqueçaba, litoral do Estado do Paraná, Brasil, durante os anos de 1999 a 2001 permitiu chegar às seguintes conclusões: a) Na inter-relação entre aspectos ecológicos e sociais, o social determina o ecológico. Dito de outra forma, a sustentabilidade ecológica é uma variável dependente da sustentabilidade social; b) As condições naturais impõem restrições mais ou menos importantes à viabilidade econômica e à sustentabilidade social; e c) A questão da sustentabilidade social não pode, nem deve, ser analisada desconsiderando os níveis dos subsistemas dentro do sistema maior Palavras-chave : sustentabilidade social; sustentabilidade ecologica; Área de Proteção Ambiental (APA). · resumo em inglês · texto em português

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Resumo BRITO, Daniel Chaves de e RIBEIRO, Tânia Guimarães. A modernização na era das incertezas: crise e desafios da teoria social. Ambient. soc., 2003, vol.6, no.1, p.147-164. ISSN 1414-753X. O artigo discute os desafios colocados às teorias sociais modernas gerados pela crise nas teorias do planejamento do desenvolvimento, diante da conformação de uma sociedade de risco _ individual, social e ambiental. Neste sentido as teses formuladas no âmbito das teorias desenvolvimentistas, que prometiam realizar a felicidade da humanidade, transformaram-se em um projeto normativo e teórico de modernização-racionalização, pela via da certeza de seus resultados através do planejamento. No entanto, contrariamente a esta perspectiva concebida no seio da filosofia iluminista, acaba por constituir a idéia de progresso paralelamente a uma situação iminente de riscos sociais, que então, contra-argumenta as teorias sociais modernas e sua perspectiva de análise globalizante. Palavras-chave : teoria da modernidade; planejamento do desenvolvimento; sociedade de risco; modernização; desenvolvimento sustentável. · resumo em inglês · texto em português

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Resumo FOLLEDO, Manuel. Raciocínio Sistêmico: uma boa forma de se pensar o meio ambiente. Ambient. soc., jan./jun. 2000, no.6-7, p.105-144. ISSN 1414-753X. Os sistemas ecológicos são muito mais complexos e difíceis de entender que os sistemas tecnológicos. Consequentemente, se nós estivermos interessados em produzir uma reestruturação radical nestes sistemas, necessária para resolver os problemas mais dramáticos do mundo atual, deveremos fazê-lo de forma diferente para que possamos alcançar um melhor entendimento desses problemas. Este artigo mostra como a metodologia do Raciocínio Sistêmico pode ser utilizada como uma componente fundamental para atingir esse entendimento e mostra as características essenciais que fazem deste enfoque algo diferente de todos os outros métodos. Com este propósito, o artigo oferece um conjunto básico de métodos e idéias visando ao entendimento do ambiente desde um ponto de vista sistêmico. Palavras-chave : Sistemas; Eco-sistemas; Raciocínio Sistêmico; Modelos Mentais; Estruturas Sistêmicas; Modelos de Simulação. · resumo em inglês · texto em português · pdf em português

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Resumo LIMA, Gustavo da Costa. Questão ambiental e educação: contribuições para o debate. Ambient. soc., jul./dez. 1999, no.5, p.135-153. ISSN 1414-753X. O trabalho introduz o debate sobre a relação entre a questão ambiental e a educação através de uma análise de algumas propostas educacionais voltadas ao ambiente. Parte da suposição de que as propostas educacionais dominantes tendem a enfatizar os aspectos técnicos e biológicos da questão ambiental em detrimento de suas essenciais dimensões política e ética. Essa tendência reduz a complexidade da questão ambiental e favorece concepções e práticas de educação ambiental conservadoras, despolitizadas e insustentáveis. Palavras-chave : meio ambiente; educação; cidadania; ética; sustentabilidade; questão ambiental. · resumo em inglês · texto em português · pdf em português

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FERREIRA, Leila da Costa, BARBOSA, Sônia Regina Cal Seixas, HOEFEL, João Luiz de Moraes et al. Tópicos ambientais, interdisciplinaridade, teoria social e produção intelectual na América Latina. Ambient. soc., jul./dez. 2006, vol.9, no.2, p.9-24. ISSN 1414-753X. Ao tratar a interdisciplinaridade e a área de ambiente e sociedade enquanto campos que lidam com questões científicas relacionadas com idéias, práticas, instituições e habitus (Bourdieu), esse artigo pretende contribuir para a compreensão dos processos multifacetados implicados na institucionalização da questão ambiental na academia e centros de pesquisa latino-americanos. O texto discute em que medida pode-se legitimamente falar de uma "especificidade científica latino-americana", supostamente resultante de abordagens teóricas peculiares ou mesmo de situações sócio-ambientais particulares (como pobreza e altas taxas de desigualdade, junto a incomparáveis índices de biodiversidade). Por último, mas também importante, o texto pretende trazer um panorama temático (através da revisão bibliográfica) assim como apontar os níveis de institucionalização científica da área ambiental em seis centros de pesquisa localizados na Argentina, Chile, México, Uruguai e Brasil. Palavras-chave : Sociologia ambiental na América Latina; teoria social; interdisciplinaridade. · resumo em inglês · texto em inglês · pdf em inglês